setembro 26, 2009

comer na Lituânia

Não foi muito difícil a adaptação à alimentação lituana. Diria mesmo que conseguimos encontrar alguns pratos que poderiam encaixar-se na nossa cozinha.
Se me pedissem para dar uma ideia genérica, diria que a base e a batata, com praticamente tudo feito com este tubérculo. Desde as panquecas até às salsichas…


As sopas são muito apetitosas, bem condimentadas, bastante líquidas. Gosto. No entanto existe a sopa nacional, uma sopa fria de beterraba e iogurte, cujo nome e ŠALTIBARŠCIAI...



Para simplificar, e em inglês, porque esta palavra é impossível de dizer, chamo-lhe “pink soup“. Não me perguntem se é bom ou não... Não a provei. Provavelmente pela cor e por ser fria. Também tradicional, prefiro a sopa de cogumelos servida em pão.




Aprendi no entanto a comer “silke”, arenque cru… Com “BATONAS” e óptimo… E digo “batonas” porque prefiro pão branco, embora pontualmente possa comer “DUONA”,



o tradicional pão negro lituano.


Vir a Lituânia e não comer “CEPELINAI”



é um pecado capital. Mais uma vez aqui temos batata em ripas e ligeiramente crua a envolver carne picada. No entanto, como não pequei, hoje viro-me para o “KIJEVO KOTLETAS”,

um prato que pelo nome parece ter influência ucraniana. Pode dizer-se que se trata de um croquete de frango, oco, onde encontramos quando cortado um saboroso molho de manteiga…
o "VARŠKE",
um tipo de requeijão português, e um dos produtos mais utilizados nas sobremesas. No entanto, e porque gosto muito, hoje apetece-me comer “PYRAGAS SU AGUONOMIS”.


Sendo engraçado o som da palavra “pyragas” (bolo) , mais curioso é o facto de este ser um bolo de sementes de papoila… Não ficaria mal também uma boa fatia de “NAPOLEONAS”,

da família do nosso “napoleão”, mas para melhor…
Bom, mas podem “passear-se” pelo “meniu” do “CILI KAIMAS” (http://www.1822.lt/kaimas), e encomendar… o indicativo da Lituânia é o 00370 ...

setembro 20, 2009

O "Caminho do Báltico"

O „Caminho do Báltico“ constituiu um acontecimento marcante no processo de independência dos estados Bálticos. 650 Km de um cordão humano, uniu as cidades de Vilnius, Riga e Tallin. Mais de 2,5 milhões de pessoas juntaram-se num massivo protesto contra a assinatura do pacto Molotov-Ribbentrop, 50 anos antes, e que destruiu a soberania da Lituânia, Letónia e Estónia. A 23 de Agosto de 1989, às 19 horas, depois de um sinal difundido por todas as rádios, centenas de milhares de pessoas formaram o cordão que uniu a Torre Gedimino em Vilnius, o Monumento à Liberdade em Riga e a Torre „Hermann“ em Tallin. O „Caminho Báltico“, organizado pelo Movimento Reformista LituanoSąjūdis, pela Frente Popular da Estónia e pela Frente Popular da Letónia, uniu as cidades de Vilnius, Ukmergė, Panevėžys (Lituânia), Bauska, Riga, Ainaži (Letónia) e Pärnu e Tallinn (Estónia). Esta foi a cabal demonstração do desejo dos estados Bálticos em se separarem da União Soviética. Este cordão humano é ainda considerado pelo Guiness Book como o maior jamais realizado. Depois deste acontecimento, semelhantes manifestações foram organizadas um pouco por toda a União Soviética, nos anos que se seguiram. O “caminho do Báltico” foi uma motivação para muitos muitos movimentos democráticos que foram surgindo em países de leste e mesmo na URSS.

(colaboração Milda Leonavičiutė)

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