outubro 11, 2008

a "minha" Universidade

A Universidade de Vilnius fundada em 1579, é uma das mais antigas universidades da Europa Centro-leste. Funcionando durante largo tempo como a única escola de ensino superior na Lituânia, foi um garante de preservação da cultura e tradições científicas não só na Lituânia mas também entre os países vizinhos. Durante mais de quatro séculos de existência, a Universidade de Vilnius passou por períodos de crescimento e declínio, reflorescimento e clausura. A Universidade é a única testemunha da história do estado Lituano.
Em 1579, a carta real do rei Stephen Bathory transformou o colégio Jesuíta, fundado em 1570, num estabelecimento de ensino superior “Academia et Universitas Vilnensis Societatis Jesu”. Esta mudança foi confirmada pelo papa Gregório III. Embora longe do outros centros culturais europeus, a Universidade de Vilnius foi equiparada a outras importantes Universidades Europeias da época, tendo tido notáveis professores e alunos, nomeadamente o poeta Mathias Casimir Sarbievius, o famoso professor de retórica e filosofia Žygimantas Liauksminas, o autor da primeira história da Lituânia Albertas Vijūkas-Kojelavičius, o professor Martin Smiglecki, cujo livro “Logics” foi muito popular em França e Reino Unido. O primeiro livro em lituano, no território do Grande Ducado da Lituânia, foi publicado pela Universidade.
Em 1773, consequência da dissolução da ordem dos Jesuítas na Europa, a Universidade passou a ser gerida pelas autoridades civis. Depois da anexação pela Rússia, a Universidade adquiriu o nome de “ Escola Principal de Vilnius”. Em 1803 a Universidade obteve um novo estatuto e também uma nova denominação: Universidade Imperial de Vilnius”. Durante esse período, nomes famosos estiveram associados à Universidade: o famoso médico de Viena Johann Peter Frank e o seu filho Joseph Frank, a figura pública e histórica Joachim Lelewel , os poetas Adam Mickiewicz e Juliusz Slowacki, o historiador Simonas Daukantas, etc. Como vários professores e alunos da Universidade pertenciam ao movimento anti-czar, a Universidade foi fechada por ordem do czar Nicolau I, e não reabriu até 1919. Vilnius e a região limítrofe foram anexadas pela Polónia, e a universidade funcionou então sob a direcção polaca até 1939, com o nome de Universidade Stephen Bathory. Durante esse período, estudou nesta Universidade o prémio Nobel Czeslaw Milosz.
Em 1939, a Universidade voltou ao controlo da Lituânia, mas em 1940, após a ocupação, foi reorganizada segundo o modelo soviético. Em 1943, a Universidade foi encerrada pelos Nazis, recomeçando a sua actividade no Outono de 1944. Embora restingida pelo sistema Soviético, a Universidade foi crescendo e ganhando força e em 1988, mesmo antes da independência do país acontecida em 1990, a Universidade de Vilnius iniciou o seu processo de libertação, adquirindo autonomia e o seu próprio estatuto.

as igrejas, por dentro...




Falei já do número imenso de igrejas existentes em Vilnis. Mas para além da sua surpreendente beleza exterior e interior, as igrejas aqui têm vida. São utilizadas para eventos e actividades culturais. É possível, assistir a concertos, dança e teatro... Imaginem que um dos eventos mais memoráveis a que assisti foi um espectáculo de tango. Sim, não é heresia. Estive na igreja de Santa Catarina e vi um espectáculo lindo, do qual não tenho infelizmente qualquer registo fotogáfico.

Há tempos, assisti a um concerto de um grupo coral Georgiano. Porque é actual o tema da Geórgia e porque este evento aconteceu nessa mesma igreja de Santa Catarina, resolvi partilhar algumas imagens convosco.

fotografias: Aistė Bakutytė

outubro 04, 2008

o museu do mel (e da abelha)






SENOVINĖS BITININKYSTĖS MUZIEJUS, é assim que se escreve o nome do museu. Várias estátuas de madeira espalhadas por uma área de cerca de 10.000 m2, retratam e representam as tradições pagãs ainda muito visíveis na cultura da Lituânia. Muitas dessas esculturas são autênticas colmeias, ainda em produção.

http://www.muziejai.lt/ignalina/bitininkystes_muziejus.htm#Ekspozicija


fotografias: Nuno Guimarães

a caminho do museu do mel (e da abelha)...




Por certo não caberá na cabeça de muita gente a possibilidade de se homenagear o mel e a abelha... Encontrei isso aqui, numa zona belíssima, próximo de Ignalina.
Uma estrada não esfaltada, serpenteando uma floresta que me surpreendeu amiudemente com lagos de uma cor indescritível, cheguei ao museu, plantado numa pequena encosta, coisa rara por estas paragens.
Considerando que o caminho para lá chegar possui uma paisagem de registo, aqui Vos deixo em primeiro lugar esses registos...

fotografias: Nuno Guimarães

visitando a lituania.com...